segunda-feira, 14 de março de 2011

Abalos


Jeremias o profeta, em suas lamentações depois de profetizar por quarenta anos.

Vê coisas terríveis e diz: "eu sou o homem que viu a dor de perto".

Quanta dor temos passado. Nem sepultamos nossos mortos das fortes chuvas na região serrana do Rio, nem superamos os estragos do terremoto do Haiti, temos outra tragédia para lamentar.


Agora é o Japão mais de 15 mil mortos, sem contar com as consequências por vir das explosões das usinas nucleares. Não imaginamos os desdobramentos com diria o autor da teoria da complexidade: "o bater das asas de uma borboleta no Canadá pode trazer desdobramentos em outros países".

O sábio está certo ao dizer "o que sucede ao pobre, sucede também ao rico,... vaidadde, bolhas de sabão ao vento, tudo é vaidade..." Embora as consequências sejam diferentes, mas o princípio é verdadeiro. Haiti x Japão, fome, frio, medo... Rio x Austrália, desolação, tristeza, medo... eu tenho medo do medo das autoridades, o medo não divulgado na mídia, o medo liberado em doses homeopáticas para ver se doe menos, para ver se enfeitiça os cosumistas a continuar no seu impulso frenético.

Preparemo-nos para os próximos abalos. Nessa sociedade globalizada nós somos as pessoas que vemos a dor, o sofrimento e as mais variadas crises de perto. Espero que elas não nos deixem anestesiados com o anestésico da indiferença.
Um abraço solidário!

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