segunda-feira, 17 de novembro de 2008

CINZAS DO TEMPO

"Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio" Salmo 90.12

Dizem que Sócrates costumava andar pelos mercados gregos observando as mercadorias e que quando os vendedores lhe abordavam para saber se ele não ia comprar algo, ele respondia que não precisava daquilo para ser feliz.

Bem, de vez em quando faço meus passeios socráticos. Outro dia, eu estava numa vitrine observando uma ampulheta enquanto os grãos de areia caiam de um cilindro para o outro, fiquei refletindo sobre o tempo que passa, o qual no presente chamamos de passado.

É como se o passado fosse as cinzas do tempo queimado. E fiquei pensando que se eu tivesse o poder da Fênix de fazer ressurgir das cinzas as coisas boas da vida. O que eu traria de volta?

Ah! Eu traria minha infância, toda ela, sem retoques. Pois naquele tempo a felicidade jorrava pelos poros. Eu era feliz e sabia.
O que você traria?
O Tempo, ah o Tempo....Como disse Mia Couto: " somos donos do Tempo apenas quando o tempo se esquece de nós"...
Use seu tempo com sabedoria. Ande com Jesus ao caminhar pela vida!
Um abração!

Um comentário:

Marcelo Santos disse...

Pois é, Otacílio.

Eu também traria a minha infância, com todas as cores e cheiros; sabores e saberes.

A notícia de ontem deixou meu coração apertado. Lembro que, quando deixei minha antiga igreja, procurava um lugar onde pudesse reverberar toda a minha insatisfação com o modelo evangélico de hoje. Queria "ver sangue", críticas contundentes e ironias quanto ao "besteirol" promovido por certas igrejas....

Mas quando conheci o senhor, percebi que era capaz equilibrar a indignação contra o modelo evangélico atual e ao mesmo tempo seguir uma caminhanda com o coração repleto de amor e tolerância. Isso mudou muito na minha vida.
Foi através de suas pregações que re-construi muito de minhas idéias. Aprendi que o que importa é uma vida digna de ser celebrada. Com amigos de verdade, esperança, alegria... aprendi que devemos estar atentos às aflições que estão ao nosso redor, mas isso não nos deve roubar o sabor doce da existência com Deus.
Como cantou Gonzaguinha... a vida é bonita, é bonita e é bonita.
Posso dizer que senti uma imensa empatia de alma desde que conheci você e sua família e que admiro muito o senhor.
Espero que sua ida à Fortaleza seja repleta de alegria. E continuarei acompanhando suas idéias através do blog - não deixe de postar, please.

É isso, meu amigo, meu pastor. Obrigado pelo carinho nesse pouco tempo que convivemos.

Um super abraço,

Marcelo